O que vejo no espelho é uma parte que não é minha.
Parte que bem conheço porque desconheço.
A parte que é minha tem no espelho nenhum começo.
Não hesito em quebrar todos os espelhos
E negar, assim, o reflexo das coisas aparentes
Que já existiam antes da necessidade do auto-espelhamento.
A parte que é a minha
Reflete-se por outros meios,
Para outros fins.
Para o fim de tudo o quanto existe
E sem saber por que tudo e quanto existem.
Ato pleno de abnegação!
O individual visto na não-imagem
Mas no fenômeno de si próprio:
Mistério e naturalidade.
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