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Ivan Luiz de Oliveira, também conhecido como Téo, por isso Ivan Téo; nasci em Colorado-PR e resido em Maringá-PR desde 1991. Gosto da arte sem máscaras, embora isso não exista. Mas eu também gosto de coisas que existem, não se preocupe!

domingo, 19 de junho de 2016

O enigma da esfinge


Para entender a minha loucura
É preciso participar dela
Não basta olhar do outro lado da rua
E perguntar pro vizinho

Se sentir estranheza
Há um retrovisor no carro estacionado
Esperando ser fitado
Para te decifrar por inteira
Feito esfinge

Sim, é ela, a louca, a loba, a leoa
Que te revela
Não a donzela

Não me rodeie
Só para passeios no parque
De mãos dadas num domingo azul
Meu enigma é saber como te devorar
E te tocar profundo com os meus blues...
Infinito particular

Aqui deposito o sal literário do meu jantar
Em que (p)rezo para que venha a palavra-seta
Rompendo os ditos de outrora
E trazendo novos ritos


É neste cálice que degusto o vinho atemporal
E me embalo no infindo dos tempos idos e vindouros
Perco-me no caleidoscópio das eras
E me entretenho em cada infinito particular


Ser e estar, perder e encontrar
No todo de tudo
Sem migalhas
Sem paradas para agulhas em palheiro...