Quem sou eu

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Ivan Luiz de Oliveira, também conhecido como Téo, por isso Ivan Téo; nasci em Colorado-PR e resido em Maringá-PR desde 1991. Gosto da arte sem máscaras, embora isso não exista. Mas eu também gosto de coisas que existem, não se preocupe!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Dona



Acomoda-te em tua poltrona     
Reflete sobre a tua hora
Considera cada segundo
Ouve o ritmo da tua canção
O mundo lá fora é para ti
E a chuva que cai não é vã! 

Sê tu mesma, não te abandones
Agarra teu dom sem demora
O mar que em ti há é profundo 
Estende firme a outrem tua mão
Sem rancor ou receio, sorri
Pois podes não ter amanhã...

sábado, 27 de outubro de 2012


Amanhã


Amanhã novamente nascerá o sol
De manhã provavelmente lerão no jornal
Notícias que há muito tempo deveras
Previra o xamã em um sinal.

Amanhã, ao cair da noite,
O que se lera de manhã, jaz...
A mesma espera indolente dos mortais
Amanhã certamente dormirão em paz.

Talvez amanhã esqueçam o presente
Talvez enterrem de vez o passado
Talvez nem sobrevivam
Para ouvir aqueles que querem,
De hoje para amanhã,
Mudar o que leem no jornal de manhã.

terça-feira, 18 de setembro de 2012


Não sei se sei o que penso que sei


Não sei se o que sou é o que penso que sou deveras.
Talvez o soubesse se procurasse a outras maneiras.
Parece-me distante ainda isso saber
Contudo, em nenhum instante, por essa dúvida,
Deixar-me-ei vencer.

Quero descobrir o prazer.
Não o de momentos
Mas o de viver
Sem tormentos, sem sofrer...

Se as aparências enganam
E as minhas são assim, pobre de mim,
Aparentemente enganado.
Quanto não me amam!
Quanto não demonstram a mim!
Nada vejo ou reconheço.
Insipiente, ofuscado.

Só sei saber ser como agora,
Com o toque em meu coração da tristeza
Que não mais fere como de outrora
Mas incita-me a desvendar os mistérios
Do amor e da natureza...

Nós

dentro de mim há vários nós
desatá-los, já não bastam palavras
nós presos no tempo
nós só para nós
nós absurdos
sem a mínima consideração!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


O espelho


Na eterna bifurcação dos caminhos
encontro muros,
espelhos que insistem no caminho já percorrido.

Procuro o diamante para ir além desse espelho
mas meus bolsos encontro vazios,
apenas cacos das pedras dos muros que ergui...

O outro lado desse muro
não é espelho nem é pedra.
E sei que o diamante ainda está lá.

Num instante retorno,
refaço todos os caminhos pelo espelho
que, todavia, ainda se não me apresenta como passagem

mas apenas como espectro do caminho inverso,
a tentar me convencer de que esse diamante
fora apenas devaneio poético.

quinta-feira, 26 de julho de 2012


No meu caminho,
Vou cheio de vontade,
Mas cheio de resistência, também.
Por pensar que a vontade
Não pode, simplesmente, ser desperdiçada.
No meu caminho,
As barreiras, barricadas
São quase coisas normais
Não sei se eu as crio
Ou se elas são criadas
Para além de mim
Para que eu possa entendê-las
E superá-las
Enquanto eu puder...

Quando eu não puder,
Sentarei sobre a grande pedra
Que orleia o infinito
E, então, terei tempo para pensar...
O cúmulo da rebeldia
É o niilismo,
Se rebeldia desamparada.

O valor da obediência
É a auto-obediência,
Se consciente, se pensada.
Flor

Flor...
É como um sonho na minha mente...
Sinto seu cheiro nos mais longínquos lugares...

Quando eu me aproximo,
Flor...

Já quase não me enxergo 
Por te sentir tão perto
Teu perfume é eterno
Eu é que sou passageiro.