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Ivan Luiz de Oliveira, também conhecido como Téo, por isso Ivan Téo; nasci em Colorado-PR e resido em Maringá-PR desde 1991. Gosto da arte sem máscaras, embora isso não exista. Mas eu também gosto de coisas que existem, não se preocupe!

quinta-feira, 26 de maio de 2011


Sobretudo


... é de cair o queixo. No movimento espiral, início e fim não se distinguem e o meio é mero artifício. A essência das coisas não está nas coisas, porque nelas, as coisas (vale dizer que aqui me refiro a todas as coisas pensáveis e impensáveis), nada se reconhece de imediato. A essência, que em princípio seria o mais importante de se reconhecer nas coisas, porque o marco zero, nunca está onde achamos que deveria estar, e este é o grande erro: conceituar a essência. Ninguém sabe da primeira voz, do primeiro grito que ecoou em nossos atos, bocas, palavras, violências, desejo e poder... É na espiral que encontramos a salvação. Começo e fim se entrecortam e o meu grito, o balbucio de todos, desde quando se queira, é o mesmo tanto na vida quanto na morte. A primeira voz é também a última voz, e quem sair por último que apague a luz.
Já no mundo das coisas ditas reais, mais palpáveis, com cheiros, sabores e cores, paradoxalmente, as coisas não são tão claras, pelo vício de se querer tomá-las por completas na sua clara incompletude momentânea, na evidência de sua ausência diluída na espiral. O mesmo já não é mais o mesmo, mas ainda continua sendo o mesmo, e aquela mulher que passa não é aquela mulher que passa, senão todas as mulheres que passaram, passam e ainda irão passar, da essência à falência, eternamente desconhecidas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Plano de voo

Há uma distância muito grande 
Entre aqueles que voam
E aqueles que planam
Que planejam

O vôo é o risco do abismo
É o tudo ou nada
O plano é o saber do amanhã

Voando baixo
Eu aprecio a cidade
Voando alto
Eu vejo o universo.