O espelho
Na eterna bifurcação dos caminhos
encontro
muros,
espelhos
que insistem no caminho já percorrido.
Procuro o
diamante para ir além desse espelho
mas meus
bolsos encontro vazios,
apenas
cacos das pedras dos muros que ergui...
O outro
lado desse muro
não é
espelho nem é pedra.
E sei que o
diamante ainda está lá.
Num
instante retorno,
refaço
todos os caminhos pelo espelho
que,
todavia, ainda se não me apresenta como passagem
mas apenas
como espectro do caminho inverso,
a tentar me
convencer de que esse diamante
fora apenas
devaneio poético.