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Ivan Luiz de Oliveira, também conhecido como Téo, por isso Ivan Téo; nasci em Colorado-PR e resido em Maringá-PR desde 1991. Gosto da arte sem máscaras, embora isso não exista. Mas eu também gosto de coisas que existem, não se preocupe!

sábado, 16 de outubro de 2010

O canto da sereia

O canto da sereia iludiu o índio
Pirapó se perdeu no ouro daqueles caracóis
Sereia se chamava Lua
Pirapó, índio da mata densa
Que migrou para a mata Atlântica
Qual rio que busca o oceano.

Pirapó se encantou ante Lua
Só que Lua, sereia romântica,
Também se encantou
Sereia mais mulher que diaba
Não quis sangue de Pirapó,
Quis seu amor!

Pirapó-de-noite-Golfinho-que-amava-Lua
Sereia-de-dia-Mulher-que-amava-Índio

Um dia, de tanto amor,
Lua e Pirapó se tornaram um só
E a Lua e o Rio
E a Noite e o Dia
E o Céu e o Mar
E todo o Universo
Irradiaram o ouro daqueles caracóis
E a pureza do amor de um índio
Que acreditou na grandeza do Oceano
E na possibilidade de que sereias
Podem amar de verdade
Sem, necessariamente, matar os os seus índios
No afã, na ansiedade.

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